Diagrafias - Método Estratigráfico Físico
A interpretação das diagrafias de sondagens foi inicialmente aplicada à exploração do petróleo em 1930. Paralelamente ao desenvolvimento da Sedimentologia, final dos anos 50, descobriu-se o seu potencial como instrumento de analises sedimentológicos e estratigráficos no subsolo. Mediante esta técnica é possível estabelecer a série litológica, a litoestratigrafia e ao recorrer as electrosequências e as electrofácies, as unidades sedimentares e Descontinuidades.
Uma das primeiras aplicações geológicas das diagrafias foi a de ferramenta de correlação entre sondagens, em que as diagrafias constituiu e constitui instrumento essencial da correlação estratigráfica e das unidades sedimentares no subsolo, esta correlação permite analisar a evolução lateral geométrica das unidades sedimentares, e abordar a interpretação da evolução e das características de sedimentação de uma bacia determinando texturas e estruturas de escala centimétrica e eventualmente milimétrica.
O conjunto das diagrafias que se registam numa sondagem oferecem uma imagem contínua em função da profundidade da série sedimentar atravessada, as sondas são sensíveis às propriedades físicas das rochas e disponibiliza os valores dos diferentes parâmetros. As curvas registadas correspondem à linhas que unem os pontos destes diferentes parâmetros (são as diagrafias clássicas); radioactividade natural (“gamma ray” GR), resistividade(R), potencial espontâneo (PS), velocidade das ondas acústicas (sónica S) em função da profundidade; em que o gradiente das curvas pode dar a ideia da sequência granulométrica e o tipo de contacto entre os corpos sedimentares e os perfis de GR, R e PS podem representar os perfis granulométricos das series detríticas.
Cada diagrafia pode representar determinadas propriedades; como o registo acústico responder às propriedades texturais, mineralógicas e ao conteúdo fluido da formação (tipos de fluidos, salinidade, porosidade e saturação), a radioactividade natural à mineralogia, resistividade à textura e a fluidos, o Potencial espontâneo aos fluidos e em menor medida a textura e a estrutura, etc.
A interpretação das diagrafias tem inicio com a interpretação do perfil litológico vertical fazendo uma reconstituição de forma qualitativa a partir dos registos obtidos nas diferentes diagrafias. Para a correlação se estabelece a correspondência entre duas unidades litológicas em relação a uma determinada propriedade e uma posição estratigráfica relativa, a partir de então é possível estabelecer a evolução espacial e lateral das unidades.
A qualidade e a validez da interpretação, esta relacionada com os tipos de registos de que se dispõem, e o numero de registos que se faz, sendo mais fiável quanto mais dados existir. Em relação as possibilidades de interpretação das diagrafias, deve-se ter em consideração que os valores registados podem ser afectados por factores como as condições do poço, os métodos de perfuração, os lodos de perfurações, entubações, etc..
Bibliografia:
Vera Torres, J. A.(1994) – Metodos de estudio de las rocas estratificadas. In Vera Torres, J. A; Estratigrafia” – Principios y Metodos; Madrid, Editorial Ruenda, 115- 124.
Jurado, M. J. (1989)- Diagrafías: Su aplicacion en el analisis sedimentário. http://www.sociedadgeologica.es/archivos/REV/2(3-4)/Art09.pdf (Acessível em 30/11/2008)
A interpretação das diagrafias de sondagens foi inicialmente aplicada à exploração do petróleo em 1930. Paralelamente ao desenvolvimento da Sedimentologia, final dos anos 50, descobriu-se o seu potencial como instrumento de analises sedimentológicos e estratigráficos no subsolo. Mediante esta técnica é possível estabelecer a série litológica, a litoestratigrafia e ao recorrer as electrosequências e as electrofácies, as unidades sedimentares e Descontinuidades.
Uma das primeiras aplicações geológicas das diagrafias foi a de ferramenta de correlação entre sondagens, em que as diagrafias constituiu e constitui instrumento essencial da correlação estratigráfica e das unidades sedimentares no subsolo, esta correlação permite analisar a evolução lateral geométrica das unidades sedimentares, e abordar a interpretação da evolução e das características de sedimentação de uma bacia determinando texturas e estruturas de escala centimétrica e eventualmente milimétrica.
O conjunto das diagrafias que se registam numa sondagem oferecem uma imagem contínua em função da profundidade da série sedimentar atravessada, as sondas são sensíveis às propriedades físicas das rochas e disponibiliza os valores dos diferentes parâmetros. As curvas registadas correspondem à linhas que unem os pontos destes diferentes parâmetros (são as diagrafias clássicas); radioactividade natural (“gamma ray” GR), resistividade(R), potencial espontâneo (PS), velocidade das ondas acústicas (sónica S) em função da profundidade; em que o gradiente das curvas pode dar a ideia da sequência granulométrica e o tipo de contacto entre os corpos sedimentares e os perfis de GR, R e PS podem representar os perfis granulométricos das series detríticas.
Cada diagrafia pode representar determinadas propriedades; como o registo acústico responder às propriedades texturais, mineralógicas e ao conteúdo fluido da formação (tipos de fluidos, salinidade, porosidade e saturação), a radioactividade natural à mineralogia, resistividade à textura e a fluidos, o Potencial espontâneo aos fluidos e em menor medida a textura e a estrutura, etc.
A interpretação das diagrafias tem inicio com a interpretação do perfil litológico vertical fazendo uma reconstituição de forma qualitativa a partir dos registos obtidos nas diferentes diagrafias. Para a correlação se estabelece a correspondência entre duas unidades litológicas em relação a uma determinada propriedade e uma posição estratigráfica relativa, a partir de então é possível estabelecer a evolução espacial e lateral das unidades.
A qualidade e a validez da interpretação, esta relacionada com os tipos de registos de que se dispõem, e o numero de registos que se faz, sendo mais fiável quanto mais dados existir. Em relação as possibilidades de interpretação das diagrafias, deve-se ter em consideração que os valores registados podem ser afectados por factores como as condições do poço, os métodos de perfuração, os lodos de perfurações, entubações, etc..
Bibliografia:
Vera Torres, J. A.(1994) – Metodos de estudio de las rocas estratificadas. In Vera Torres, J. A; Estratigrafia” – Principios y Metodos; Madrid, Editorial Ruenda, 115- 124.
Jurado, M. J. (1989)- Diagrafías: Su aplicacion en el analisis sedimentário. http://www.sociedadgeologica.es/archivos/REV/2(3-4)/Art09.pdf (Acessível em 30/11/2008)
Figura 1, 2: Modelo de Diagrafia Sónica. Extraída de http://www.lnec.pt/organizacao/dg/ngea/ensaio_diagrafias_sonicas?searchterm=diagra , em 08/12/2008.